Dificuldade em confiar

Se você cresceu em um ambiente onde os limites pessoais pareciam difíceis de definir, onde as conversas sobre emoções eram raras e onde as quebras de confiança eram mais comuns do que você gostaria de admitir. É possível que essas experiências tenham deixado cicatrizes emocionais, criando um filtro através do qual você vê, interpreta e vivencia o mundo ao seu redor.

Quantas vezes sentiu que suas opiniões e desejos não importavam. Isso possivelmente deixou uma marca, fazendo com que você tivesse dificuldade em estabelecer limites claros em seus relacionamentos, com medo de ser novamente ignorada, desconsiderada.

É como se você estivesse olhando para o mundo através dos olhos da criança que um dia foi, filtrando cada interação e cada gesto com base nas vivências dolorosas do passado. E é compreensível que isso traga sofrimento e dificuldades em confiar, em estabelecer limites claros e em se sentir segura nos relacionamentos.

Pode ser que você tenha presenciado uma quebra de confiança profunda entre seus pais, quando descobriu uma mentira, traição ou atitudes que abalou sua confiança. Com isso, tende a carregar a sensação de desconfiança crônica em relação aos outros, sempre à espera da próxima decepção.

E não podemos esquecer que pode ter presenciado os conflitos familiares, onde as emoções estavam à flor da pele e a comunicação era marcada por gritos e outras formas de agressões e desrespeito. E aí você aprende que expressar suas próprias emoções é perigoso, levando-a a se fechar emocionalmente em seus relacionamentos.

Essas são apenas algumas das experiências que muitas pessoas vivenciaram na infância, e  há muitas outras que moldaram sua visão de mundo e influenciaram suas relações até hoje. No entanto, é importante reconhecer que NINGUÉM está fadado a se orientar pelos modelos conflituosos que conheceu, é possível romper com este olhar e criar relações saudáveis.

Com o tempo e com o trabalho emocional adequado, é possível se desvencilhar das cargas que você carrega, deixando para trás aquilo que não lhe pertence. É possível ressignificar suas experiências, enxergando-as não como limitações, mas como oportunidades de crescimento e transformação.

 

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